Liahona Wiki
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A Lei da Castidade diz que todos os membros da Igreja são proibidos de ter relações sexuais antes do casamento. Todos os membros da Igreja sabem disso, e a maioria também sabe que o Salvador ensinou repetidas vezes sobre o assunto (ver Mateus 5:28; D&C 42:23; D&C 63:16), dizendo que é pecaminoso olhar para uma mulher para a cobiçar.

A atração pelo sexo oposto foi criada pelo Senhor para levar avante Sua obra, aproximar marido e mulher legalmente casados e educá-los para a vida eterna, dando-lhes filhos a quem criar. No entanto, quando os poderes de procriação são usados da maneira errada, configura-se um grave pecado. As relações sexuais são legais, honráveis e bem-vistas pelo Senhor quando realizadas dentro do casamento, apenas. Sem mais, nem menos.

Com estas coisas em mente (presumindo que todo membro da Igreja, e mesmo alguns de outras denominações, saibam disso), os membros da Igreja encontram-se em um dilema quase interminável quando encontram-se em uma situação bem delicada quando um homem ou mulher tem atração, desejo sexual ou um comportamento sexual ativo com alguém do mesmo sexo; ou mesmo quando eles têm sentimentos inclinados para este tipo de comportamento. Como devemos reagir, ou como os líderes devem tratar coisas assim? O que dizer quando alguém diz ter "nascido assim" e apresenta "provas científicas"? E o que devemos dizer quando as pessoas que não compartilham nossa fé dizem que somos intolerantes com aqueles que se declaram homossexuais? Alguém aí quer saber? Então vamos lá!

O que o Evangelho diz?[]

Nua, crua e friamente, o Evangelho diz algumas coisas:

1. O Senhor nos criou com gêneros distintos, homem e mulher (Gen 1:27, D&C 20:18). O que chamamos de gênero é uma característica nossa desde antes de nascermos.

2. O propósito de Jesus Cristo e de seu sacrifício é de preparar os filhos e filhas de Deus para se tornarem como nosso Pai Celestial.

3. A Exaltação só pode ser concedida a um homem e mulher que tenham se unido em casamento no Templo santo de Deus e que, por meio da expiação de Jesus Cristo, tenham se tornado limpos de seus pecados perante Deus.

4. Uma pessoa que deseja fazer o certo mas, por motivos alheios à sua vontade, não consegue se casar, terá uma oportunidade de fazê-lo depois desta vida, qualificando-se para a vida eterna, se for fiel aos convênios que puder fazer enquanto vivo. (veja Lorenzo Snow, Millennial Star, 31 Agosto de 1899, page 547).

5. Temos o arbítrio para escolher o bem e o mal, o caminho da vida eterna ou o caminho da morte e destruição. Apesar de nem sempre podermos fazer as escolhas que queremos, nenhum poder, mortal ou espiritual, pode nos privar de nosso arbítrio.

6. Setanás quer nos tornar "tão miseráveis como ele próprio" (2 Néfi 2:27). Por isso, seus esforços são unicamente direcionados para nos convencer a fazer algo contrário à vontade do Senhor. Isso inclui, necessariamente, o mau uso dos poderes sagrados de procriação, o desencorajamento ao casamento e à natalidade e a confusão entre o que é o homem e o que é a mulher.

7. Satanás, não tendo um corpo, deseja que corrompamos o nosso, participando em atividades imorais.

8. Pensamentos imorais, apesar de serem menos sérios do que as atitudes, devem ser alvo de arrependimento e banimento, uma vez que os pensamentos precedem os atos.

9. A misericórdia do Senhor permite que até mesmo os piores pecadores tenham sua salvação em algum grau de glória, sempre menor do que o reino Celestial, onde, apesar de salvos das trevas, terão seu crescimento e aprendizado restritos.

Liberdade ou Arbítrio?[]

Há uma grande diferença entre estas duas palavras, principalmente se começarmos a pensar nos sentidos mais profundos de ambas. Normalmente, a liberdade é tomada como "a liberdade para fazer o que quiser". O arbítrio, diferentemente, é a liberdade de escolha. Pode parecer a mesma coisa, mas uma linha muito fina distingue as duas palavras, elas podem ser substituídas por Indulgência e Responsabilidade, sem prejudicar seu contexto.

Então, vem alguém e diz: "Mas e os sentimentos? O que fazemos com eles?". Os sentimentos são coisas diferentes. Alguns deles podem ser até mesmo herdados de algum modo. No entanto, sentimentos ou inclinações não podem e nunca poderão ser usados como desculpa para a indulgência ou permissividade, porque, por mais que tenhamos sentimentos ou inclinações para determinadas coisas (e alguns de nós podemos até ser mais suscetíveis a algum vício ou hábito), isso não nos impede de maneira alguma de exercer nosso livre arbítrio. Tomemos alguns exemplos.

Uma pessoa pode gostar de apostar (um sentimento), mas ela pode simplesmente ceder ao impulso e jogar. Enquanto algumas pessoas, sem aquela inclinação, apostam esporadicamente, aquele indivíduo pode se tornar um jogador compulsivo. De maneira semelhante é o que tem o gosto pelo tabaco. Ele pode simplesmente resistir e lutar contra a sua inclinação ou ceder e fumar descontroladamente. A mesma coisa acontece com qualquer exemplo que for apresentado.

A questão é muito complexa, mas, ainda assim, é impossível não aceitar o fato de que estas coisas são meramente inclinações que se mostrarão presentes quando determinada pessoa encontrar determinada situação. De qualquer forma, estes sentimentos e suscetibilidades não interferem em nada em nosso arbítrio e em nossa responsabilidade. A desculpa de que "eu nasci assim" não é válida como desculpa para o comportamento pecaminoso. Nada nos impede de escolher o oposto às nossas inclinações. O mesmo vale para os que têm sentimentos homossexuais.

Natureza e Nutrição - O que a ciência diz[]

Eu não sou, nem de longe, um cientista. Eu não faço nem ideia do que acontece exatamente no corpo humanos. Mas, com o auxílio da literatura científica confiável, tomo a liberdade de refutar aqueles que se declaram "nascidos assim".

As palavras "natureza" e "nutrição" sugerem coisas diferentes. Uma coisa natural é uma coisa que foi criada daquele jeito, uma coisa "nascida assim". Uma coisa nutrida é uma coisa que foi conduzida a ser daquele jeito. A ciência se divide entre as duas coisas. Alguns dizem que o homossexualismo é um comportamento natural; outros, que ele é nutrido.

Um estudo com 56 pares de gêmeos masculinos em que um dos gêmeos se declara gay reporta que 52% dos co-gêmeos também se declaram gays. Similarmente, o estudo com gêmeos femininos declara proporções semelhantes (48%, base em 71 pares). Se este estudo mostra que alguma influência pode levar um indivíduo a ser gay, é imperativo destacar que esta influência não é determinante.

O Dr. Dane Hamer, em 1993, fez uma descoberta que pode esclarecer o caso: ele descobriu uma relação significante entre a orientação sexual de um grupo seleto de homens acima dos 18 e marcadores genéticos (fitas de DNA identificáveis) na região cromossômica Xq28. Em outras palavras, ele concluiu que o Xq28 possui genes que contribuem para a orientação homossexual em homens. Entre outras coisas, o Dr. Hamer concluiu que este gene contribui numa porcentagem de 5 a 30% dos homossexuais (Science 261, julho de 1993). Ora, 5 a 30% é bem diferente do que dizer que "os homossexuais são nascidos assim." Os Drs. Byne e Parsons do departamento de psiquiatria da Universidade de Columbia oferecem um ponto de cautela: eles sugerem que os genes não influenciam na orientação sexual, e sim na personalidade de cada um, reforçando as questões sobre escolha e arbítrio.

O que fazer?[]

Antes que me atirem pedras, eu digo que gays e lésbicas não devem ser odiados e expulsos, mas amados e auxiliados. Quando o Salvador foi posto diante do dilema da mulher apanhada em adultério (um comportamento pecaminoso tão grave quando o comportamento pecaminoso), ele simplesmente disse "vá e não peques mais". Ele amou a pecadora e condenou o pecado. E devíamos fazer o mesmo.

Alguns condenam a Igreja com acusações de que os membros e mesmo algumas autoridades gerais fizeram declarações violentas relativas aos gays e lésbicas. Estas acusações são somente uma evidência de que existe uma falha de comunicação. A Igreja jamais declarou tal coisa e todos os ensinamentos dados são no sentido de ajudar as pessoas que enfrentam tais problemas.

Por fim, deve ser lembrado o mandamento "Amar ao próximo como a si mesmo", o que envolve ajudar a quem precisa de ajuda (com o cuidado de, para tirar alguém do poço, não entrar nele). Assim como todos os pecados, salvo o pecado contra o Espírito Santo, existe volta.

Sempre.

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